O resultado da pesquisa Edith Gaertner: de Memórias e Esquecimentos será apresentado em três ações culturais gratuitas ofertadas para a comunidade. O trabalho foi executado com patrocínio da prefeitura, por meio do Prêmio Herbert Holetz, do Fundo Municipal de Apoio à Cultura (FMAC). O projeto contemplado no edital de concurso nº 04/2019, na área Museus e Espaços de Memória, começa a ser apresentado a partir desta quarta-feira, dia 19 de abril.
A proponente do projeto, a escritora Rosane Magaly Martins, percebeu a lacuna de informações sobre a vida de Edith (nascida em 1882), uma mulher que se diferenciou das demais na Blumenau Colônia. Edith já fazia suas “selfies” (autorretrato fotográfico) em 1920, e hoje ela (sua reinterpretação) está nas redes sociais, com o Instagram @edith_gaertner.
Edith Gaertner atuou como atriz na Europa, nunca se casou, não teve filhos, era sobrinha-neta do fundador da cidade e doou sua residência para o município (hoje transformada em Museu da Família Colonial). “Sobre sua mãe e pai, Rosalie e Victor Gaertner, existem no Arquivo Histórico de Blumenau documentos e informações, porém sobre sua filha curiosamente os registros e documentos são poucos, quase nenhum”, destaca Rosane Martins. “O projeto tenta preencher as lacunas na história de Edith, que seria a idealizadora do Cemitério de Gatos localizado no Horto Botânico do Museu da Família Colonial”.
Linha do tempo
A atriz atuou em palcos europeus e, ao retornar para Blumenau, optou por uma vida discreta e silenciosa. “Além da busca por informações, foi produzida a linha do tempo e colorizações artísticas no acervo fotográfico de Edith, por Persephone Pepper, parceira na execução do projeto”, diz Rosane Martins. “Quando visitamos o Museu da Família Colonial para conhecer Edith, o que ouvimos foi uma resumida história de forma bem menos glamourosa do que a apresentação do Cemitério de Gatos, um atrativo turístico da cidade”.
Entre inconsistências e divergências, a pesquisa buscou achados e suposições mais próximas da história de Edith. “Ela não teria ficado 20 anos na Alemanha, mas 13; não foi sucesso absoluto nos palcos europeus, recebendo críticas negativas por suas interpretações; não estudou por quatro anos na Academia de Arte Dramática de Berlim, mas sim num curso noturno de curta duração, numa escola privada”, comenta. “Há também o preenchimento das histórias do relacionamento de Edith com Renata Rohkohl Dietrich, com seus familiares e o conturbado final de sua vida. Nos eventos será apresentada a linha do tempo, desde antes da fundação de Blumenau. Serão expostas as intervenções artísticas nas fotografias de Edith e revelados alguns achados sobre sua vida”.
Saiba mais
Palestra e exposição de obras: Edith Gaertner: de memórias e esquecimentos, com a escritora Rosane Magaly Martins
Quando: quarta-feira, dia 19 abril
Horário: 14h
Local: Museu da Família Colonial (Alameda Duque de Caxias, 78, Centro)
Evento gratuito e aberto à comunidade, voltado a jovens (acima 16 anos)
Sugere-se a doação de roupas ou alimentos para serem entregues às mulheres em vulnerabilidade
Contação de histórias e exposição de obras: Edith Gaertner, com a escritora Rosane Magaly Martins
Quando: quinta-feira, dia 20 abril
Horário: 14h
Local: Cemitério dos Gatos (Alameda Duque de Caxias, 78, Centro)
Evento gratuito voltado a adultos, jovens e crianças (acima de 8 anos)
Sugere-se a doação de roupas ou alimentos para serem entregues às mulheres em vulnerabilidade
Oficina de teatro De Memórias e Reinvenções
Ministrante: Persephone Pepper
Quando: quinta-feira, dia 20 abril
Horário: 19h
Duração: duas horas
Local: Auditório Carlos Jardim, da Secretaria de Cultura e Relações Institucionais (Rua XV de Novembro, 161, Centro)
Evento gratuito e aberto à comunidade, voltado a jovens, adultos e pessoas idosas
Sugere-se a doação de roupas ou alimentos para serem entregues às mulheres em vulnerabilidade
Fonte: PMB/ Sérgio Antonello
Foto: Divulgação