A Prefeitura de Gaspar reitera a proibição do uso de vasos e recipientes, além de buquês de flores, tanto artificiais quanto naturais, nas dependências dos cemitérios municipais localizados nos bairros Santa Terezinha e Barracão. A medida, estabelecida pela Lei Municipal Nº 3613, de 2014, visa à redução dos riscos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue e chikungunya, especialmente durante o verão, quando o aumento de focos é mais crítico. Esta proibição se estende também ao Dia dos Finados.
A decisão é baseada no risco de vasos e flores acumularem água da chuva, favorecendo a reprodução do Aedes aegypti. A escolha dos cemitérios como foco das ações de combate à dengue não é aleatória. O bairro Santa Terezinha, onde um dos cemitérios está localizado, é considerado uma área de alta infestação pelo mosquito. Além disso, a topografia da região, com a presença de morros, favorece a dispersão do Aedes aegypti, que pode ser levado pelo vento por até 1 km, colocando em risco toda a comunidade.
Atualmente, Gaspar está em alerta máximo contra a dengue, com 2.515 casos confirmados em 2024. Além disso, foram registrados dois óbitos em 2024 devido à doença, um deles de um recém-nascido de apenas 10 dias, que contraiu a doença de forma rara através da mãe.
Para enfrentar a situação, a Prefeitura de Gaspar mobilizou equipes de agentes de endemias, que realizam visitas domiciliares, eliminam focos do mosquito e orientam a população sobre as medidas preventivas. Além disso, foram instaladas 230 armadilhas em pontos estratégicos da cidade para monitorar a presença do Aedes aegypti.
O prefeito Kleber Wan-Dall comenta sobre o tema. “Entendo a frustração de muitos em não poder levar flores aos cemitérios, especialmente em momentos de homenagem como o Dia dos Finados. No entanto, precisamos colocar a saúde pública em primeiro lugar. Graças a decisões como essa, muitos casos e mortes foram evitados em nossa cidade. A saúde de Gaspar é nossa prioridade, e contamos com a compreensão de todos”, ressalta o prefeito. De acordo com o prefeito, cidades que não tonaram atitudes como estas já registraram diversos óbitos e até o dobro de casos da doença.
A prefeitura também reforça que a manutenção e limpeza dos jazidos é de responsabilidade da família. A administração do cemitério é responsável pela manutenção geral das áreas comuns.
Embora haja grandes discussões sobre as floreiras em Gaspar, é importante destacar que as floreiras da cidade são projetadas para evitar o acúmulo de água, pois não possuem plástico, pratinho e são furadas, ao contrário das flores que são levadas aos cemitérios.
Fonte: PMG/Secretaria de Obras e Serviços Urbanos
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